“Luele é legado de excelência e compromisso com o futuro do país”

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás considerou que a entrada em funcionamento da Sociedade Mineira do Luele (SML) constitui um legado de excelência, responsabilidade e respeito para todos serem protagonistas de uma história de sucesso, progresso e compromisso com um futuro risonho para o país.

Diamantino Azevedo notou que os resultados alcançados expressam a união de esforços na reorganização multifacética do sector, nos termos das orientações dadas pelo Presidente da República, no início do seu primeiro mandato.

O governante lembrou que o aumento da produção de diamantes, lapidação, para acrescer o valor comercial, a organização simultânea dos sistemas de mineração de pequena escala e combate acérrimo da sua exploração ilegal e de outros minerais estratégicos, bem como o incremento da assistência social às comunidades circunvizinhas, assinalavam os objectivos pretendidos. Diamantino Azevedo considerou que os projectos estão a ser realizados à luz de dois Decretos Presidenciais sobre a exploração semi-industrial de pequenas empresas para que os nacionais possam desenvolver a actividade e comercializar os diamantes explorados.

Segundo o governante, o diploma quebrou o sistema de monopólio que inibia a busca de melhor oferta no mercado afim de gerar mais receitas para o Estado e atrair investimentos para relançar a industrialização do subsector.


Estratégias

O titular do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás pontualizou que, no quadro das estratégias inicialmente traçadas, o projecto do Luele constituía uma reserva que entraria em actividade “quando  Catoca começasse a caminhar para a exaustão”.

Entretanto, obedecendo  a orientações superiores, a ENDIAMA seguiu uma estratégia diferente para iniciar a produção, com a maior brevidade possível.

Diamantino Azevedo informou que uma equipa integrada apenas por técnicos nacionais, apoiada pela empresa mãe do sector dos diamantes, com  parceria de Catoca e do próprio Ministério de tutela, levou a bom porto a missão de vencer todo o pessimismo à volta do êxito do projecto.

Em jeito de homenagem, apresentou a jovem equipa liderada pelo engenheiro Rômulo Mucase, cuja competência e criatividade contornaram dificuldades de ordem técnica e financeira para a realização do evento.

O ministro considerou que o contributo do sector nos domínios da Educação tem, nos últimos anos, sido relevante e notou que, em breve, vai ser publicado, em dois relatórios, o impacto de acções no quadro da responsabilidade social.

A província da Lunda-Sul assinala a parceria saudável entre o Governo e a Sociedade Mineira de Catoca, em vários domínios, augurando que os projectos concebidos a favor das comunidades circunvizinhas às áreas de concessão melhorem as condições de habitabilidade, ensino, fomentem a investigação, a agricultura e o turismo.

Histórico

O registo histórico da descoberta de diamantes em Angola data de 1912, na ribeira de Mussalala, província da Lunda-Norte. No final da década de 60, o país produzia cerca de dois milhões de quilates, mas a primeira fábrica de lapidação foi instalada apenas há 18 anos, em Luanda.

Num cenário mundial conturbado pela pandemia da Covid-19, a Sodiam construiu o primeiro pólo de desenvolvimento diamantífero de Saurimo. O mesmo é dotado de todas as condições para implementação de fábricas de lapidação, estruturas como bancos, seguradoras, clínicas, aposentos para acomodação condigna de trabalhadores, restaurantes, escola, fábrica para lapidadores e uma escola politécnica profissional da Endiama.


Agradecimentos da Endiama

O presidente do Conselho de Administração da Endiama afirmou, ontem, no Luele, que o início de operações da Sociedade Mineira da região nasceu de uma estratégia, cuja implementação começou em 2007, pela mão da sua homóloga Catoca, com o objectivo de aumentar as suas reservas e activos.

Ganga Júnior atribuiu mérito a uma equipa de técnicos nacionais, cujo empenho e dedicação ajudou a superar “vários constrangimentos e desafios de  natureza técnica e tecnológica, associadas à complexidade do depósito”, nas distintas fases de evolução do projecto.

Dados resultantes de estudos realizados confirmam estar-se em presença de um projecto de dimensão internacional, com reservas estimadas em 628 milhões de quilates de diamantes, até a uma profundidade de 600 metros, avançou o PCA da Endiama.

De acordo com as acções projectadas, no primeiro ano de actividades, a mina de Luele prevê extrair cerca de milhões de toneladas de minério, com perspectiva de passar para 12 milhões, a partir do terceiro ano, com um efectivo de 300 trabalhadores, contra cerca de 1.380 admitidos nesta fase de arranque.

“Estamos seguros que, com o arranque de operações na SML, Angola vai figurar entre os três maiores produtores mundiais de diamantes”, garantiu o responsável da Endiama.

Ganga Júnior expressou reconhecimento pela confiança que mereceu do Presidente da República para conduzir um projecto de tamanha envergadura, contando apenas com recursos humanos nacionais, com capacidade para actuar em vários domínios.

O PCA da Endiama ressaltou o apoio permanente do ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás, bem como a confiança manifestada por colegas, técnicos, autoridades tradicionais, para tornar o Luele num sonho concretizado.

Fonte: Jornal de Angola

Foto: DR